Segunda-feira, 4 de Abril de 2005
Não há limite para a estupidez
Sou como os demais. Também me irrito com a estupidez. Particularmente com a minha. Essa é a que mais solenemente me irrita.
Há neste combate dos homens contra a estupidez uma dose (estúpida) de incoerência.
Se a mentalidade hoje instalada é totalmente contrária à discriminação e à catalogação compreende-se mal que a estupidez seja tão catalogada, ridicularizada e discriminada.
Mas é. Não se pode atacar outra qualquer deficiência, outra qualquer anormalidade, mas a estupidez, ah essa, é malhar-lhe forte e feio.
Como ninguém fez nada por nascer estúpido, míope, com o pé chato, com propensão para a calvície (outra das que merece ainda chacota), parece-me sempre da mais óbvia estupidez (lá estou eu) que se ataquem os estúpidos.
Mas é uma espécie de desporto internacional. Estúpido, é claro.
O que hoje fiz e me levou a esta irritação é exemplar:
A porra da impressora não funcionava. Um documento ficou encalhado, já pronto para impressão, e daí a coisa não saía. Tentei os métodos mais elementares, depois fui dar a volta por trás, nada.
Desinstalei a impressora. Depois voltei a instalar, enquanto me indignava com as figurinhas à americana que procuram explicar o que é um cabo, o que é uma porta, etc.
Mandava-me verificar as ligações. Arre macho.
Quando me resolvi a sair da cadeira, reparei que umas das fichas do cabo de comunicação estava solta.
Arre macho duas vezes. Foi mais de uma hora de voltas e voltas.
Não há de facto limite para a estupidez.
Nem com figurinhas...


por MCV às 19:36
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