Diz o pobre diabo pé-de-microfone: "...não gosto muito de usar esta expressão: terrorismo." - isto quando se referia a terrorismo na acepção comummente aceite e não a qualquer outra coisa.
Quantos jornalistas saberão que o topónimo Ispaão é velho na língua portuguesa?
Como havia dito.
Está a passar-se com a língua um fenómeno semelhante ao que se passou com a paisagem: os simples, importando sem critério - por impossibilidade própria da sua simplicidade - os traços das construções que haviam divisado em terras distantes, cedo se deitaram a copiá-los com as consequências desastrosas que todos conhecemos.
A língua está a ser sujeita a uma das maiores transformações desde o "chic a valer" e suas adjacências do princípio do século passado.
Uma classe iletrada e pouco dotada alcandorou-se aos bancos da universidade onde fez o seu caminho pelas sendas mais fáceis de trilhar. É em tudo permeável ao deslumbramento com as americanices linguísticas que absorve já não dos telexes das agências mas de qualquer sítio na internet* e do jargão profissional acrítico.
Por ignorar a nossa língua não faz a menor ideia de que existem há muito em português termos com o mesmo significado das americanices que profere. Umas vezes fá-lo por pura ignorância outras por pedantismo novo-rico.
*cedo nesta como em outras por não ter existido em português palavra que a substitua ou que o faça satisfatoriamente - rede não me parece grande opção embora a use por vezes quando o significado é inequívoco.
“Falemos agora da hostilidade na guerra” - disse o leitor de notícias, pé-de-microfone para o militar de serviço.
Está na altura de criar entradas no dicionário para albarroar e cantenária, tal é a profusão entre os simples de tais palavras.
Os coitadinhistas nunca autorizariam um censo que viesse a apurar quantos bisavós portugueses tem cada um dos actuais detentores da nacionalidade portuguesa.
Isso é mera informação. Mas é uma informação que incomoda muito os simples coitadinhistas.
Os mesmos que em muitas outras situações clamam por transparência.
Se há coisa que não se pode exigir a ninguém, a nenhum grupo, é que seja coerente porque tal qualidade não é humana.
Dito isto, não se pode clamar por coerência sendo humano.
Só faz tal quem nasceu ontem e não sabe onde anda.
A equipa de comentadores de ciclismo do Eurosport haveria de se ater a comentar o ciclismo e não de ter presunções a raciocinar, coisa que não consegue.
A forma como repetidamente dão nota de não entenderem que os atrasos entre grupos são estimativas (e não medidas) falíveis dadas por um algoritmo pouco rigoroso é um dos exemplos em que mais valia estarem calados.
Uma das características desta sociedade coitadinhista e dissoluta é a impunidade.
Tudo se pode fazer sem correr demasiados riscos, sem medo de punição severa.
Os que se assumem como politicamente correctos só parecem dar por isso quando a violência desbragada os atinge. Como vivem na famosa bolha nem todos os dias isso acontece.
Nem todos os dias dão por isso.
Nunca ninguém com responsabilidades políticas se interrogou sobre a validade ou invalidade do Estado prestar apoio ao turista nacional encalhado numa zona condicionada pela guerra?
Não será exigir demais ao Estado que seja paizinho de todos os que deslocam em viagem de lazer?
Uma coisa é retirar nacionais de uma zona de guerra, outra diferente é acorrer aos que não têm voos no dia previsto ou por qualquer outra razão vêem os seus planos de férias alterados sem que isso constitua um risco para a sua segurança.
Sei, com a incontornável certeza das certezas, que a cavalheira não vai ler estas linhas.
Linhas onde direi que o "toca e foge" que ela promove com abraços únicos e posições de sentido a meu lado mal se compaginam com a inacessibilidade de um número de telefone...
É assim a vida!
Os burros cheios de “ciência e cultura” acharam que escrever portuguezes em vez de portugueses era um erro ortográfico...
Afinal há portugueses que não são bem portugueses, admite expressamente a bem pensante imprensa e até um membro do governo.
A impunidade em que o lúmpen se move gera ela própria violência.
Os mentecaptos da bola e congéneres dispostos a tudo sem nada temerem.
É o estúpido mundo fofo.
A Caixa Geral de Depósitos está a ser alvo de ataque informático ou está a padecer da "excelência" da sua programação?
Uma das características fundamentais do pensamento politicamente correcto é a negação das evidências.
Hoje foi dia em cheio para afirmações do género.
O mais curioso é que ao negarem a realidade de forma tão veemente, mais não fazem do que avivá-la.
Instituiu-se, não se sabe bem como, a ideia de que a PJ é uma das melhores polícias de todo o mundo.
Não faço a menor ideia de qual será a qualidade das polícias dos países mais desenvolvidos.
O que observo é que há uma panóplia de comentadores que provém dos quadros da PJ.
Tirando uma ou duas honrosas excepções, são todos intelectualmente medíocres ou mesmo maus. Será que é assim que se faz (ou se fez) uma excelente polícia judiciária?
Se em vez de Cristiano Ronaldo tivéssemos tido hoje Cristiano Ronaldo teria sido uma grande noite contra a Alemanha.