Sexta-feira, 29 de Julho de 2005
De Braga para Guimarães
Há situações que me irritariam noutras circunstâncias. O caso é que, ouvidas e não entendidas as razões, não se perdeu um minuto.
Os mais expeditos já discutiam eventuais traçados alternativos.
Vamos fazer isto à moda antiga - disse-lhe.
Ela nem pestanejou, entrou no carro ao meu lado, pegou num bloco e riu-se.
Tinha a perfeita consciência de que, caindo já a noite, seria tarefa complicada escolher e medir novo traçado em tempo útil.
Avançámos assim sobre os restos de um caminho marcado num alqueive.
Voltas dadas, detivémo-nos junto a um muro de uma abadia.
Esta passagem é lindíssima - dizia ela, a contemplar o pequeno desnível das águas que assim emarulhava o silêncio da noite, não fosse, claro, o motor do carro.
Mas é também delicada. Veremos se ninguém se magoa aqui.
Ah, mas tens que utilizar este percurso. Isto aqui é magnífico. Está ainda como eu me lembrava disto.
Ok, descansemos então. Quando fecharem as comportas, atravessamos.

Caramba! Este gajo não podia apontar as luzes para outro lado?
Qual gajo? Não vês que é o Sol?
E o que é que a gente está a fazer na caixa do carro?
Tonto!


por MCV às 16:50
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