Domingo, 12 de Fevereiro de 2006
Um post repetido
porque o que tem que ser, tem muita força


Qualquer coisa sou eu

Não sei se pousas
Sobre os carris que fotografei
Ou se trazes
Odores de plateias de madeira.
Talvez sejas apenas
Uma presença num parque de árvores
Que nunca identifiquei,
Uma sede entre estevas chacinadas
Pelos verões, sob botas caneleiras
Arrastando pó.
Um outro odor metálico de
Cadeiras vermelhas, verdes, azuis ou
Amarelas, contracenando com
O meu chapéu de sol, de iguais cores.
Talvez até um som gritado
De "fruta ò chocolate".
Uma deixa numa récita,
Um biombo velho dividindo
Promiscuidades.
Um carro soando em estradas
Desertas.
Qualquer coisa.
Definitivamente minha.

SG, inéditos, 1998



Ainda que ilusões sejam, têm muita força.


por MCV às 15:59
endereço

Comentar:
De
 
Nome

Url

Email

Guardar Dados?

Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres




O dono deste Blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

ANO XXI
. Posts recentes

Notícias do manicómio

Pontes

Grandes momentos

Tendências

Lisboa, 2021

Emigração versus imigraçã...

Em termos formais (parte ...

Contagem

Portugal, 2021

16 de Março

. Arquivos
. Links