Escrevi aqui há uns anos que, nos tempos que correm pouca coisa existiria na memória colectiva de um povo.
Aos antigos, ainda ouvíamos falar do ano da neve* (1954) com grande precisão de detalhes. Pouca informação de cada vez possibilitava armazenamento de longos períodos, uma vez que a memória humana não é ilimitada.
Ao consultar o Facebook, esse manancial sociológico dos dias correntes, se percebe que a memória dos povos é curtíssima.
Sendo a memória humana limitada, é provável que o bombardeamento constante de nova informação leve a esvaziar as gavetas mais remotas.
O certo é que se verifica que grande parte das pessoas com idade para terem retido memórias de decénios atrás, estão completamente baralhadas a respeito dessas mesmas memórias ou simplesmente não as têm. E mostram uma ignorância muitas vezes agressiva
*para os do Sul