O homem é tão fraco, tão fraco, que dá pena.
Um tipo que seja acusado disto e daquilo e que tenha a plena consciência de não ter cometido ilícito algum, tem duas opções: guarda silêncio e ignora olímpicamente as afrontas, porque o são; ou rebate, ponto por ponto e com toda a clareza, as acusações.
Montenegro optou pela segunda hipótese, provavelmente por ser insustentável para um político optar pela primeira e não é capaz de matar o assunto, os assuntos. Arrasta-se numa trapalhada de argumentos, da qual não consegue sair. Falta-lhe a clareza.
O problema é ele ser primeiro-ministro e candidato a continuar. De resto não teria importância.