Costa já nos habituou a ouvi-lo com o desconto devido.
Desta feita, foi o parafuso a menos e o parafuso a mais nas travessas da ferrovia.
Tudo sem pensar um único segundo que fosse.
Já a quantidade de dislates que supostos especialistas debitaram a tal propósito, no caso a utilização ou não da bitola ibérica na ferrovia a instalar, é significativa da incompetência em que o país está mergulhado.
Começando pelo desprezo de um dado: os troços existentes em bitola europeia em terras de Espanha; e acabando pela probabilidade por um deles aventada de os salários e as pensões serem mais baixos se se escolher a opção que eles rejeitam.
A má opção, é já certo, contribuirá no entender de tais figuras para o agravamento das alterações climáticas, talvez por ser menos resiliente e sustentável.
Portugal depende e dependerá sempre do que for feito em Espanha. Será sempre a tal ilha de que tantos falam se os espanhóis não se dispuserem a instalar bitola europeia até à fronteira e em pontos que não obriguem a dar a volta ao bilhar grande.
Também eu sou a favor da bitola europeia. A questão é que, no estado actual, a bitola ibérica leva-nos à fronteira de França. A bitola europeia deixa-nos na fronteira com Espanha, depois de reconvertermos as bogies do material circulante ou de encomendarmos composições novas.